04 de Abril - Isla Mujeres, México

Hoje pra começar, vou falar algumas coisas, fotos eu queria por muitas, mas demora uns quinze minutos pra por cada foto, e não tenho tempo, nem dinheiro, porque tenho que pagar a net, então desisti, acho que vou só escrever aqui e por algumas fotos, o resto vou por no orkut (Tobias Molina) que acho mais fácil e mais rápido (don´t worry guys, FaceBook too).

Boas Novas, ontem conversei de fato com o Armando, ele chegou tarde, mas eu estava no computador escrevendo, conversamos um pouco e ele me fez duas perguntas, se eu gostava de cerveja, se eu gostava de balada, respondi que não, é claro, porque não gosto, enfim vamos pra uma baladinha hoje a noite, às 10, massa, só faltava vir pra Cancun e não sair.

Meu dia hoje foi cheio e caro, mas não tem problema porque valeu a pena, acordei por volta das 9, tava sozinho em casa de novo, tomei um banho, fiquei pronto, já tinha decidido ir pra Isla Mujeres, uma ilha meio rústica, aqui perto de Cancun, saí de casa, passei no mercadinho e comi uma torta (11), de boa, só pra não ficar de barriga vazia, passou um táxi e perguntei quanto era pra Porto Juarez, que é de onde sai o barco pra ilha, ele falou que eram 40 pesos, no guia falava isso, então paguei e fui, uns 10 minutos e tava lá, cheguei comprei o boleto (35), e fui esperar o barco, mas vi um McDonalds, lembrei que o lanche era o melhor e comi um (10), só pra garantir.

Esperei uns 10 minutos, tem barco de meia em meia hora, o barco é como uma balsa e cheio de mochileiros o que foi bom porque conversei um pouco, mas em coisa de 20 minutos estávamos na ilha, sozinho de novo, peguei um mapa, e sentei tomar uma breja (25) e planejar o que fazer, resolvi que ia ver a playa Norte, comecei a caminhar até que achei um lugar pra sentar e curtir a vista. Tipo pra pensar, pensei e escrevi umas coisas no meu caderno, depois relaxei.

Levantei, respirei e fui conhecer o lugar, parei em um barzinho que não tinha bancos, só balancos, e fiquei conversando com 2 americanos, um bom tempo inclusive, divagando nas idéias, tomei outra cerveja (25), eles tavam tomando, eu só acompanhei, o lugar é muito tranquilo, sem barulho, só o do mar e de poucas pessoas conversando, ermo, esta é a palavra.

Como tinha outras coisas em mente, me despedi, tirei fotos, é claro, e tomei um táxi (50) para o Parque El Garrafon, é um parque de mergulho, onde tem uns corais, paguei a entrada (45), desci e comecei examinar, só gringos, um barzinho, umas duchas, e o mar, o mar azul turquesa do Caribe pra você mergulhar, paguei o passeio (200), caro, mas tem coisas que não podem passar, essa é uma, e foi incrível, um milhão de peixes, de todas as cores, tipos e tamanhos, cardumes, uma hora estava no meio de um cardume, rodeado por sei lá quantos peixes, você até quer sair de lá, mas eles são peritos na arte da natação e não encostam em você, ficam todos a 10 centímetros, e se você mexe os braços eles nadam e continuam a 10 centímetros, mas não te tocam, lindo, já mergulhei antes, mas o Caribe é diferente.

Depois do passeio estava com fome, saí e pedi uma comida no bar, uma combinação de quessadillas, tacos e nachos, estou no Mexico né, tomei uma cerveja enquanto esperava e outra enquanto comia, comi, paguei (100) e encontrei uma família de americanos, que estavam hospedados lá, fiquei conversando, eles me falaram que a ponta sul da ilha era bonita demais, pensei, estou aqui, tenho que ir, fui, é claro, caminhei como que 30 minutos, paguei a entrada do parque (30), e comecei a andar por lá, só tinha eu, então não deu pra tirar fotos comigo aparecendo, isto é meio chato, mas fazer o que, faz parte, é cheia de falesias, e tem um templo maia no final dedicado à deusa maia da fertilidade, por isso o nome da ilha é Mujeres, fiquei lá uma meia hora, tirei umas fotos, e tudo mais, não tem muito como contar.

Saindo de lá, peguei outro táxi (25) pra um lugar chamado Tortugranja, onde teoricamente você pode mergulhar com as tartarugas, mas cheguei tarde demais, só pude ver os tanques, e o lugar tipo uma piscina, não é uma piscina, é o mar, mas é cercado pra elas se reproduzirem, filhotinhos, mamães, vovós, acho, sei lá, não preciso nem falar de quem lembrei, isso não é necessário, depois disso tomei um táxi (30) pro centrinho de novo, tinha que morgar lá até as 7, que era quando saía meu barco de volta, era 5 e meia, fui tomar outras brejas enquanto esperava, encontrei uma senhora de Michigan de uns 50 anos que tá mochilando por aqui também, sozinha, como eu, trocamos boas idéias, escrevi um pouco sobre o dia, sobre a vida, paguei a conta (55) e fui para o barco (35), cheguei em Cancun de novo por volta das 7 e meia, e tomei um onibus (6,50) pro centro, com uns franceses, viemos conversando, eles tao subindo a América Central, eu to descendo, eles me deram umas dicas, mas são dicas caras, pelo menos pra mim que não tenho euros.

No centro fui pra uma Lan, pra ver como tava o blog, se tinham comentários e tal, aproveitei e troquei uma idéia com a Tina, de boa, mas tinha que ir pra casa pra pegar a baladinha com o Armando, paguei a net (15) e estava indo pegar o táxi quando passei na frente do McDonalds, não resisti, é viciante, entrei e comi 2 hamburgues com queijo (20), acho que eles põem alguma coisa diferente nos lanches, sei lá, peguei o táxi (25) e cheguei em casa por volta das 9, ótimo horário pra se arrumar e sair pelas 10, é isso aí.


Cheguei em casa não tinha ninguém, nem Armando, nem Rana, fui comprar uma coca (6,50) no mercadinho pra ficar esperando, esperei mais de 1 hora e ninguém chegou, comecei a ficar nervoso, a gente tinha combinado as 10 pra sair, são 10 e ele nem chegou, mas aí que eu sempre digo, as coisas não acontecem por acaso, a família do apartamento 1 me viu esperando e começou a conversar comigo, de onde eu era, o que tava fazendo, ficamos numa prosa boa até as 11 e nada do Armando, aí que sai de dentro da casa, a Vó com um lanchinho de queijo e presunto pra mim e um copo de suco "Nao tiene hambre, estamos cenando", e me deu o lanchinho, eu recusei, mas ela insistiu, entrei e comi com a família toda, sete pessoas, me sentindo em casa, ótimo.


Liguei (4) pro Armando depois disso, ele tava no trampo, rolou um pepino bravo, ele teve que ficar lá, falei que a Rana não estava em casa e que eu estava pra fora, ele muito gente boa, saiu do trampo e veio só pra abrir a porta, explicou do problema do trampo, um serviço que tinha que ficar pronto pra hoje, e voltou pra lá, depois chegou só às 2 e meia da manhã, veja só como são as pessoas, às vezes pessoas que você conhece a vida toda reclamam de ir te pegar alí, coisa de 5 minutos, valores, estou aprendendo alguns.


Outra coisa, hoje, seguindo o conselho de uma pessoa muito especial sentei em um lugar calmo e agradável e meditei, e enfim chorei, foi bom, foram muitas lágrimas que se foram, e com elas muitos sentimentos, não que eu quisesse, mas eu precisava, sou uma pessoa que ama a liberdade e estava me sentindo preso por estes sentimentos.

Meu beijo de hoje vai só pra garota tartarugas, não teve como não lembrar:

- Nana, porque eu te amo, mas tenho raiva de você porque você nunca me escreve, ainda assim te amo demais.

- Tina, porque sim!