quinta-feira, 29 de maio de 2008

29 de Maio - Miami, EUA

Fim de uma jornada. Começo de outra!!!

Agora vou deixar esse blog impecável!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

28 de Maio - Ultimo dia, Qualquer lugar

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está

Nem desistir, nem tentar

Agora tanto faz

Estou indo de volta pra casa

terça-feira, 27 de maio de 2008

segunda-feira, 26 de maio de 2008

domingo, 25 de maio de 2008

25 de Maio - Caio Caulker, Belize

Lagosta, camarão e água de coco todo dia ... a preço de banana. Vida dura essa.

sábado, 24 de maio de 2008

24 de Maio - Caio Caulker, Belize

Será o paraíso? Não, mas quem sabe um pedaço dele!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

23 de Maio - Caio Caulker, Belize

Agora e só aproveitar o resto da viagem neste paraíso!!!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

22 de Maio - Flores, Guatemala

Dia de descanso e gastronomia.

As fotos estão de volta. Procurem, achem e comentem!

El Chiflon, 29 de Abril.

Xela, 04 de Maio.

San Pedro, 05 de Maio.

San Pedro, 06 de Maio.

San Marcos, 07 de Maio.

Vulcan Pacaya, 12 de Maio, isso é um presente.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

21 de Maio - Tikal, Guatemala

Missão cumprida, sonho realizado.

terça-feira, 20 de maio de 2008

20 de Maio - Flores, Guatemala

Chegando ao destino, razão da viagem.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

domingo, 18 de maio de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

17 de Maio - Antigua, Guatemala

Mãe, vou ficar aqui uns seis meses.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

16 de Maio - Antigua, Guatemala

De volta pra casa, de volta pro lar.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

15 de Maio - Guatemala City, Guatemala

Depois de uma difícil despedida das pessoas de Antigua, resolvi que era hora de seguir pra outro lugar, seguir minha viagem. Apesar de várias pessoas terem me convidado pra seguir viagem com elas, resolvi seguir meu caminho que era o caminho oposto e ir pra Guatemala City (50).

Era uma da tarde quando cheguei na capital, diferente de todo os resto do país, Guatemala City me lembrou um lugar que conheço bem e que não gosto tanto, São Paulo. Apesar da diferença de tamanho, as duas cidades se parecem muito, selva de pedras, tráfego caótico e o contraste de pobreza e riqueza na mesma cidade.

Fui a um hotel do meu guia, San Martin, e fiz meu check-in (60) lá. O lugar não poderia ser muito bom com este preço mesmo, mas aqui tudo é mais caro. Além do que estou em um quarto com banheiro privado, sujo, mas privado. Saí para dar uma volta, mas depois de andar por uns dez quarteirões, e achar tudo igual a São Paulo, comecei me arrepender de ter vindo à esta cidade. Posso fazer isso no Brasil se quiser o tempo todo, então não estava feliz.

Fui a um restaurante comer porque estava com fome, pedi uma comida (40) que não lembro o nome, mas era gostosa, só um creme, tipo de milho-verde que não estava bom. Começou a escurecer a ouvi que coisas terríveis acontecem aqui pela noite, por isso comprei uns salgadinhos (15) e uma água (11) e voltei ao meu hotel. Lá tambem não tinha nada pra fazer, não tem mochileiros, não tem viajantes, uma chatice.

Me tranquei no meu quarto e fiquei lendo meu livro até pegar no sono. Não sei porque acordei muitas vezes durante a noite, não me senti bem nesta cidade, não combina comigo. Amanhã vou refazer meus planos e sair logo daqui, antes só quero ir a um lugar que me parece interessante, uma gigante maquete de toda Guatemala, amanhã bem cedo, pra à tarde já estar em outro lugar.

Este dia não vou mandar beijo pra ninguém, foi o primeiro dia infeliz da viagem, e isto não merece nada.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

14 de Maio - Antigua, Guatemala

Acordei pro café, mas já deixei minhas coisas arrumadas porque iría embora, mas não foi bem assim que aconteceu. Logo na hora do café, quando pedi minha comida e falei que ia embora, o Knowaa, que é o canadense que trabalha lá falou pra eu ficar que ia ter um churrasco. Falei que já tinha feito o check-out e tudo, que não tinha mais jeito.

Quando falei pro Rory que tava indo, ele falou que era pra eu ficar que era aniversário do Manolo, um mexicano que estava com a gente ontem, e que ia rolar um churrasco de aniversário. Todos começaram insistir, as meninas de ontem, a menina do bar e inclusive seis meninos novos que tinham chegado da Nova Zelândia, que eu nem conhecia. Falei que ia ficar e fui tentar fazer o check-in de novo, mas o lugar tinha lotado.

Quando o Knowaa ouviu isso ele disse que ia dar um jeito, me chamou no depósito, pegamos um colchão e levamos pra sala de TV, eu iría dormir lá. Pensando no quarto, é o melhor quarto, grande, tem um banheiro só pra você e ainda TV com mil filmes, DE GRAÇA. Agradeci um monte de vezes e ele disse pra não me preocupar que ele tava fazendo isso por que ia rolar o churrasco e todo mundo tinha feito coro pra eu ficar.

Valeu a pena demais. Ótimo churrasco da meio-dia até às dez da noite, com certeza o melhor dia do albergue. Muitas pessoas, muita música e eu curtindo muito. Os neozelandeses tinham saído pra comer e voltaram todos com os cabelos arrumados de salão de beleza, unhas pintadas, maquiagem na cara e de vestidos, hilário. Não sei muito o que contar, mas foi um dia que adorei, as pessoas do albergue, todas sabem meu nome e lá me sinto em casa.

Depois das dez tivemos que ir pra outro lugar. Fomos pro Reilly's, outro bar, bem legal também, foram todas as pessoas do albergue, ou seja enchemos o outro lugar. Grande dia, grande noite. Quando voltei meu quarto tava lá só me esperando, melhor nos esperando, entramos todos e ficamos lá mais um pouco conversando. Na verdade a sala fecha depois da uma, mas pra tudo existe uma exceção. Valeu Black Cat Antigua.

Não tem nem como, meu abraço de hoje é pra este lugar:

- Black Cat Antigua, pra mim o melhor albergue da viagem.
- Tina, outras pessoas além de você também gostam de mim.

terça-feira, 13 de maio de 2008

13 de Maio - Antigua, Guatemala

Dia de peregrinação em Antigua. Logo depois do almoço, quando acordei, saímos pra conhecer um bar que é super interessante, fica em um terraço e tem uma vista linda da cidade. Eu, Rory, Austin e um casal de americanos que tínhamos encontrado no caminho, mas que já conheciam o Rory de outra cidade.

Ficamos lá até umas oito da noite, sentados no telhado, tirando fotos, rindo e conversando. Antigua é mesmo uma cidade linda e que me faz muito bem, posso sentir isso. Só encontro pessoas boas e muito gente boa e estou tendo uma grande semana aqui. Sei que não estou conhecendo muitos lugares novos, mas estou conhecendo pessoas, amigos que espero eu, pro resto da vida.

Voltamos pro nosso albergue e estava super animado, pessoas novas, muita música, ambiente perfeito. Sentamos em uma mesa e chegou uma menina que o Rory conhecia, ela estava com três amigos que se juntaram a nós. Ficamos lá até às dez e fomos para um bar que se chama Mono Loco. O bar é muito bom, só tem viajantes de todas as partes, ou seja, só gente se divertindo. Ficamos lá até umas quatro e voltamos pro albergue quando a festa continuou, mas não sei até que horas, pois fui dormir logo que chegamos.

Meu dia se resumiu em não fazer nada, um programa que aprecio de vez em quando no Brasil, sentar com os amigos pra tomar uma cerveja e dar risada. Talvez seja pela falta destes amigos brasileiros que tenho curtido este tempo com os amigos que estou fazendo. Amizade pra mim é uma coisa muito importante, quem me conhece sabe.

Um beijo e abraço pra todos:

- Antigos amigos, mas sempre presentes.
- Novos amigos, que nem sempre estarão.
- Tina, porque te amo, ta bom?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

12 de Maio - Vulcan Pacaya, Guatemala

Gente, sei que fico muito tempo sem escrever e aquela idéia de vocês viajarem comigo, faz tempo que não é mais verdade. Vocês continuam viajando, mas sempre com uns dias de atraso e isso não é a mesma coisa. A verdade é que em determinados lugares eu sempre estou fazendo alguma coisa e não quero deixar de fazer isso pra escrever, então tento achar um dia mais tranquilo e escrever logo uns cinco dias.

Bom, o dia de hoje, teve o café da manha gigante, teve conversas, mas vou contar sobre o Vulcan Pacaya, porque isso sim é importante e inacreditável ao mesmo tempo. Eu já tinha decidido que ia porque tinha visto fotos incríveis do lugar, mas não sabia de fato o que me esperava, porque estar lá é uma das experiências mais legais que provavelmente vou ter em toda minha vida.

Já tinha pago o passeio (60) e consegui trocar a passagem pro grupo das duas da tarde, que eu prefiria porque pela tarde você sempre está mais disposto. Às duas horas saíu nosso ônibus, umas trinta pessoas mais ou menos, todos ansiosos pra ver o vulcão e o mais importante, lava. Logo no início já te dizem que pode ser que você nao veja nada, o vulcão não sabe que você pagou um passeio e não cospe lava só porque você está lá, é uma questão de sorte, somente sorte.

O percurso até a entrada do parque (40) demora um pouco mais de uma hora, mas passa rápido porque todo mundo vai conversando, se conhecendo, como excursão de escola. Chegando lá fomos abordados por muitas crianças tentando vender cajados (3) porque existe uma trilha até o vulcão que não é fácil, então o cajadinho ajuda. Antes da trilha, nosso grupo que era bem grande recebeu o nome de Barco, pra gente poder se organizar e não se perder. Comprei uma água (5) e uns chocolates (15) antes de ir porque com certeza sentiria fome. Estávamos prontos pra trilha.

A trilha demora uma hora e meia e é bem íngrime, sem o cajado provavelmente é muito mais difícil, mas eu tinha o meu. Algumas meninas não aguentaram e alugaram cavalos que tem pelo caminho, não sei quanto pagaram, mas com certeza, caro. Quando chegamos no topo da colina, não do vulcão, não dava pra enxergar nada por causa da neblina. Nesta hora fiquei muito decepcionado porque sabia que dali dava pra ver o vulcão e as lavas, e também Antigua com seus três vulcões. O guia começou a falar que não era um bom dia por causa da neblina, mas que isso não significava que não tinha lava, mas eu não senti firmeza, achei que tínhamos perdido o passeio.

No fim da colina tem uma descida de uns duzentos metros, muito íngrime, onde muitas pessoas caíram, principalmente aquelas que estavam sem o cajado, então aconselho o cajado a todos. É no fim desta decida que você começa a ver os rios de magma que foram formados nos últimos anos. As formações no vulcão que hoje são rochas negras são muito bonitas, algumas parecem rios e dá pra perceber que aquilo antes foi líquido, magma.

Começamos a caminhar sobre esta parte do vulcão e o guia disse pra ficarmos perto por causa da neblina e se alguém sentisse calor ou o pé queimando, era pra avisar ele. Caminhamos uns vinte minutos até que todos começamos a sentir o calor, que é bem quente, e em mais dois minutos alguém gritou anunciando. Tínhamos achado lava e não era pouca, era um rio, até o guia se impressionou, disse que era um ótimo dia, um dos melhores e eu estava lá.

Quando vi fiquei meio besta, porque é muito bonito e muito poderoso. O cheiro de borracha queimada dos tênis e sapatos começa a ser sentida por todos os lados, mas não supera o cheiro característico do lugar. Os barulhos do rio de lava derretendo tudo que encontra pela frente é meio agonizante, as pedras que estão já formadas sucumbem ao novo rio que só vai aumentado.
Quanto à cor, não sei o quê dizer, me senti um pouco no inferno, negro, com o calor que não passa, e que obriga você a estar se mexendo todo o tempo pra não queimar seus pés.

Tirei muitas fotos e tentei chegar o mais próximo possível, mas o calor começa a queimar os pelos da sua perna, queimaram bastante os das minhas porque cheguei muito perto, mas tenho a foto. Os americanos sacaram vários saquinhos de marshmallow e começaram a fazer sobre alguns pontos do vulcão, usando o cajadinho como pauzinho. Algumas pessoas jogaram os cajados na lava pra ver o que acontecia, e em poucos segundos o cajado já não estava mais lá, tinha sido consumido pelo fogo.

O guia começou a alertar pra não chegar tão perto, porque como era um grande rio, corria rápido, e algumas pessoas, se ele deixasse, tocariam a lava. Ficamos lá uma meia hora, depois disso as próprias pessoas começam a ir embora porque não aguentam mais o calor. Eu fiquei até o fim, provavelmente porque sei que a chance de ver isto de novo de tão perto e mínima. Aproveitei o máximo que pude e comecei o caminho de volta, que era longo.

Já era noite quando chegamos ao topo da colina e as pessoas que tinham lanternas ligaram as suas pra ajudar na visibilidade. Muitos vaga-lumes ajudavam também, pois piscavam por todas as partes. O caminho de volta foi mais longo, provavelmente porque estava escuro, mas ninguém ligou, todos rindo e encantados com o lugar onde a gente tinha ido.

Chegamos de volta a Antigua umas nove da noite e o Rory, o inglês de ontem e o Austin, um americano estavam me esperando pra gente ir tomar umas cervejas e comer (120). Fomos os três, mas a melhor parte foi que encontrei uma brasileira no bar, que está viajando com duas francesas e uma americana. Ficamos alí conversando um pouco, não muito, pelo menos não eu, estava cansado e queria descansar. Voltei pro hotel muito satisfeito com o passeio de hoje.

Só pra concluir meu dia, queria falar a respeito da sensação mágica que é ver o nosso planeta crescendo, se tornando algo maior. Estive neste lugar hoje e apesar de, com toda sua beleza, ainda deixar traços de destruição e morte, é um lugar onde pude me sentir bem, cheio de energia. Esta é mais uma prova do poder da natureza, o poder de Deus. Grande Volcan Pacaya.

Meu beijo de hoje vai pra você, so pra você:

- Tina, pela mensagem do msn, aonde ja se viu, entao da uma olhada e veja.

domingo, 11 de maio de 2008

11 de Maio - Antigua, Guatemala

Hoje acordei bem tarde por causa da festa de ontem, mas a verdade é que não fui só eu, todo o albergue acordou tarde e cansado. Ninguém queria saber de sair e todos ficaram enfurnados na sala de TV, vendo filmes o dia inteiro.

Eu saí pra almoçar e fui em um restaurante perto do albergue porque tava com preguiça de caminhar até outro lugar. Comi um lanche com vários tipos de queijo com salada e tomei um suco de laranja e foi só. Paguei a conta (45) e voltei pro albergue. Fiquei ali no bar conversando um pouco com o pessoal da festa de ontem, várias pessoas nem lembram das coisas, eu pelo contrário, lembro de tudo e dificilmente vou esquecer.

Voltamos pra sala de TV e colocamos outro filme, o primeiro não quis ver porque já tava na metade. Assistimos Beowulf, a história é legal, eu já conhecia na verdade porque já vi uma versão mais antiga deste filme, mas naquela versão não tem a Angelina Jolie, e isso muda totalmente a história, pelo menos pra mim.

Um pouco mais tarde saímos pra comer, uma galera, mas no fim nos dividimos em vários grupos e cada grupo foi pra um canto. Eu falei que conhecia um lugar que era bom e barato, o lugar onde eu comi o pavão, fomos eu, um inglês e uma americana que é muito gente boa, aliás, os dois são. Comi um frango com molho de limão (60) bem gostoso, com salada e vegetais e ficamos lá conversando, cada um contando um pouco de seu país e de suas histórias.

Voltamos pro albergue de novo pra mais uma sessão cinema, desta vez para ver um filme espanhol que se chama Volver, com a Penélope Cruz. Achei muito bom o filme, bem diferente dos filmes americanos, com mais conteúdo. E eu conheço o diretor, Pedro Almodóvar, já vi outros filmes dele e sempre são bons. Ficamos lá morgando e depois fomos todos dormir, amanhã é outro dia e quero ir pro vulcão logo, ouvi maravilhas sobre o lugar.

Um grande beijo pras todas as mães do mundo, porque hoje é o dia de vocês, parabéns.

- Tina, um especial só pra você, porque você é minha MÃE.

sábado, 10 de maio de 2008

10 de Maio - Antigua, Guatemala

Acordei para o café umas dez da manhã, queria sair cedo pra ver o quê faltou da cidade ontem, mas não deu certo. Tive que esperar minha roupa voltar da lavanderia e isso só aconteceu a uma da tarde, então comecei o passeio umas duas da tarde, mas consegui ver tudo que queria.

Logo que saí, abri o mapa da cidade e resolvi que percurso ia fazer. Fui primeiro em uma ruína de uma antiga universidade (15), que fica bem perto do meu albergue, aliás tudo em Antigua fica bem perto de tudo. A ruína não é muito grande, mas é interessante, mas mais bonito que a ruína em si, são os jardins repletos de flores de todos os tipos e cores, tirei várias fotos, das flores.

Saí de lá e fui até outra ruína, desta vez de um antigo convento (15), gigantesco. Talvez pelo tamanho e por você ficar mais tempo circulando, pareça um pouco mais legal. A verdade é que diferente das ruínas Maias, estas só são ruínas porque forem destruídas pelo terremoto, e se encontram totalmente destruídas. E interessante ficar imaginando como foi grandioso o tal convento no seu auge e que agora não passa de blocos imensos de pedras por todos os lados e algumas poucas paredes que restaram em pé. Outra vez, me encantei com o jardim, este mais bonito que o primeiro e com várias pessoas sentadas em seu imenso gramado, lendo livros, fazendo piquenique e relaxando.

Depois fui dar uma volta no mercado, que diferente de outro que fui, é muito colorido. Comprei uma fruta (10) que nunca tinha visto na vida, parece um laranja, mas é bem menor, na hora que experimentei cuspi tudo, era ardida que nem pimenta, horrível. Caminhei um pouco pensando em coisas pra levar de lembrança pras pessoas, mas nunca sei o quê comprar e também não quero ficar carregando peso extra. Fiquei perambulando por lá uma hora e meia, olhando correntinhas e pulseirinhas, alguns tecidos coloridos e fiquei encantado com a quantidade de temperos que é possível encontar neste mercado, mas aqui não posso comprar, porque não vou cozinhar mesmo.

Saindo de lá fui até uma lan e fiquei escrevendo no blog por horas e horas porque tava super atrasado. Quando atualizei tudo, decidi que era hora de voltar pro albergue pra relaxar um pouco, mas tinha uma festa acontecendo lá, diversas pessoas novas e muita animação. Ficamos lá um pouco e depois fomos para um pub, umas dez pessoas, de várias nacionalidades, mas a maioria irlandeses. E esta noite foi a noite mais louca de toda viagem, mas prefiro guardar os detalhes só pra mim.

Vou mandar beijos e abraços de novo pra estas pessoas que amo muito:

- A todos meus amigos, que pra mim são como minha família.
- Tina, porque to com muita saudade.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

09 de Maio - Antigua, Guatemala

Bem vamos lá, em dia depois de balada, faço passeios só no periodo da tarde, porque dormir é uma coisa necessária. Apesar de ter acordado às onze pra tomar o café, só saí do albergue umas duas da tarde, porque arrumei todas minhas coisas no quarto, separei minha roupa pra lavar e li umas notícias na internet. Mas depois de tudo isso, estava pronto.

Antigua é uma cidade pequena, então é possível ver todos os seus pontos de interesse, caminhando. Eu gosto de cidades assim, pois caminhando você encontra lugares que não estão nos guias e vê cenas inusitadas e os costumes da população local. Se você olhar ao redor de Antigua é possível ver os vulcões que a rodeiam, Agua, Acatenango e Fuego, este último sempre com fumaça no seu cume.

Caminhei por quase toda a cidade e vi muitos locais e construções interessantes. Antigua foi a capital da colônia espanhola que se estendia desde Chiapas no México até a Costa Rica e por isso tem construções grandiosas, ou melhor, restos delas. Um terrível terremoto arrasou a cidade em 1773, e boa parte das grandes construções foram destruídas, todas se encontram em processo de restauração, mas acredito que algumas serão para sempre só ruínas. Por causa deste terremoto e da destruição da cidade, que a capital foi mudada de Antigua pra Ciudad de Guatemala.

Então, comecei meu passeio pela praça central, toda cidade colonial tem a sua e sempre é rodeada de construções bonitas, no caso de Antigua, construções bonitas cheias de cicatrizes, ou ruínas de construções bonitas. São muitas igrejas e muitos conventos por toda a cidade, em todos é possível visualizar alguns dos estragos causados pelos terremotos, mas principalmente pelo de 1773.

Fui a todos os lugares, só não consegui ir à duas ruinas, as maiores, que ficam um pouco mais distantes e que só abrem até às cinco. Estas duas ruínas tem que pagar, diferente de todas as que vi, que estão espalhadas por toda a cidade, basta caminhar pra que em cada esquina encontre construções tricentenárias, ou mais velhas que isso. Antigua é uma cidade muito interessante e por isso cheia de turistas, de todas as idades e nacionalidades também. Andando pelas ruas é tão normal encontrar "gringos" como os habitantes locais.

Exite um arco amarelo, sobre uma avenida que de um ângulo propício é possível tirar uma foto com um dos vulcões dentro do arco, mas não para mim, ou porque minha câmera não é das melhores ou porque era fim de tarde e estava nublado, o importante é que eu vi. Restaurantes e bares estão por toda a cidade, de todos os preços e de todas as partes do mundo. Amanhã vou procurar um restaurante guatemalteco pra comer umas comidas daqui.

Quando já estava escuro, resolvi ir a um restaurante pra comer alguma coisa porque estava faminto. Fui em um que tem no guia e pedi pavão com arroz e vegetais (70). Nunca tinha comido pavão, mas é gostoso também, tem um gosto mais forte, e vem com brócolis, couve-flor e cenoura. Muito bom, estava alimentado a era hora de voltar pro albergue.

O albergue estava animado de novo, mas ja tinha decidido que não ia sair. Fui em uma lan (20) e atualizei algumas coisas do blog, tava bem atrasado, mas adiantei uns dias. O lugar fechava cedo, então me mandaram embora. Sem querer, passei na frente de um café que exibe filmes, só é necessário consumir alguma coisa lá dentro pra poder assistir o filme. Aliás, existem inúmeros cafés como este em Antigua, é só se informar, ou dar uma volta em uma quadra que vai achar uns três. Entrei e assisti Clube da Luta, já tinha visto, mas não lembrava muito do filme, foi bom rever. Comprei uma tábua de queijos e carnes (50) pra ir beslicando durante o filme. Vinha vários queijos e salame, rosbife, presunto, peito de peru. Valeu.

Voltei pro albergue e tudo estava calmo, as pessoas já tinham saído pra balada. Fui pro meu quarto pra dormir, porque amanhã tenho que ver as ruínas que faltam e um museu que apresenta umas coisas da época colonial.

Meu beijo de hoje vai pros meus avós, porque lembro que mandei só uma vez e faz tanto tempo:

- Fanny e Rogélio.
- Neuza e João.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

08 de Maio - Antigua, Guatemala

Devido a festa de ontem e do cansaço, hoje acordei às duas da tarde, os meninos já não estavam mais lá, mas sabia onde encontrá-los, no mesmo bar, no mesmo lugar de sempre. Tomei um banho, arrumei todas minhas coisas e fui me encontrar com eles. Mas quando cheguei, eles não estavam lá, tinham saído pra comer alguma coisa, foi o que me disse a menina que trabalha lá.

Resolvi comer ali mesmo, uma espécie de omelete (32), mas com feijão, carne e pimenta. Não achei muito gostoso, mas comi porque tava com fome e não queria perder o dinheiro. Vem com pão também. Arrumei minhas coisas, porque ontem já tinha decidido que iría pra Antigua, não tenho muito tempo e tenho muito pra conhecer. Amei o lago e tudo aqui, mas se não for à outros lugares não saberei se são ou não lindos como aqui. O único problema era que precisava achar os meninos, porque estava com a chave e precisava deixar com eles.

Resolvi que ia deixar a chave na pousada (75) porque senão perderia o último barco pra Panajachel. Foi o que fiz e na hora que estava indo pro pier, com as mochilas e tudo mais, encontrei eles voltando do restaurante. Me despedi deles e das meninas e tomei meu rumo. Antes preciso comentar algo, por alguns momentos achei que durante estes últimos dias, não houvesse existido uma relação de verdadeira amizade entre a gente, como com as outras pessoas, talvez pelas diferenças de paises, idiomas, culturas, talvez pela religião, mas isso não tem nada a ver. Quando me despedi, percebi que na verdade esta relação existiu sim, todos me deram abraços apertados, verdadeiros e me desejaram ótima viagem. Neste momento percebi que eles também são bons amigos.

Tomei o barco (25) e cheguei bem a tempo de uma van que iría à Antigua, se perdesse esta van, teria que ir de Chicken Bus, não que eu ache ruim, mas sem companhia torna-se chato. Paguei a van (50) e logo estava indo à Antigua. Fui conversando com um canadense e uma inglesa quase a viagem toda, que foi de duas horas e quinze. Chegamos em Antigua por volta das oito e fomos juntos procurar um albergue, mas no primeiro só tinha lugar para dois, como eles estavam viajando juntos, falei pra eles pegarem que eu procuraria outro.

Procurei no guia e vi que em Antigua tem também um Black Cat, como em Xela, resolvi que era pra lá que eu ia. Quando cheguei, já vi que era o lugar ideal, no bar do albergue tinha uma galera jogando cartas, conversando e se divertindo. Fiz meu check-in, são sessenta quetzales por noite, mas paga na saída, mesmo esquema do outro e com direito ao super café-da-manhã. Coloquei minhas coisas no quarto e fui conhecer o pessoal.

Logo me enturmei com uns americanos, três meninas e um casal, ficamos ali tomando umas cervejas, até que chegaram três canadenses que tocaram o terror no bar. Eles conhecem todo mundo ali porque estão morando em Antigua e vão lá todas as noites com muitas garrafas de tudo. Ficamos lá até o bar fechar e fomos todos juntos pra uma balada (120), umas vinte pessoas ou mais. No meu albergue, encontrei quatro norueguesas que tinha encontrado em Tulum e San Cristóbal, elas também foram.

A balada só tinha estrangeiros, lotada, impossível de andar, e cara. Encontrei com o canadense e a inglesa da van e ficamos lá conversando, as norueguesas se juntaram a nós e depois os americanos e os canadenses. Uma galera, mas só eu de sul-americano, quase não encontro pessoas da América do Sul, acho que pelo dinheiro.

Às duas horas, pelo motivo da lei, mandaram todo mundo embora e voltamos pro albergue, os mesmos vinte e tantos e continuamos a festa lá até não sei que horas. Eu fui dormir um pouco mais cedo, porque quero aproveitar o dia de amanhã e geralmente quando durmo tarde, acordo tarde e às vezes perco o dia.

Meu abraço de hoje vai pra estes bons amigos que fiz:

- Amit e Rogen, porque aprendi muito com vocês e um dia vou à Israel.
- Tina, porque nâo preciso ter motivo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

07 de Maio - San Marcos la Laguna, Guatemala

Como ontem fui dormir mais cedo, hoje acordei mais cedo e disposto. Já tinha decidido que ia pra San Marcos la Laguna, porque tinha ouvido que era muito bonito e porque no meu guia dizia que era um lugar especial, e realmente é, e vocês vão entender o porquê. Procedimento básico de quando você vai passar o dia em outro lugar, comprei uma água (5), umas frutas (10) e estava pronto.

Os meninos já tinham acordado e ido pro mesmo bar de ontem, eles acordaram por volta das sete, muito cedo pra mim. Desci até o pier e tomei um barco (15) pra San Marcos, o trajeto é de uns vinte minutos porque a vila fica do mesmo lado do lago. Cheguei lá era umas dez da manhã e resolvi dar uma volta pra conhecer o lugar.

Diferente de San Pedro, este lugar é bem menor e muito, mas muito tranquilo. Não existem ruas, só uns caminhos floridos e de pedras onde só pessoas conseguem passar. Fica como em um pequeno morro, então as trilhas levam todas para o alto, em um emaranhado de trilhas e becos. O lugar é apinhado de centros de meditação, casas de massagens, saunas medicinais e muitos estabelecimentos vegetarianos. Pra quem a viagem toda falou sobre energias positivas, este lugar tinha tudo pra ser muito bom, e foi.

Depois de tirar muitas fotos, pois o lugar oferece belas paisagens, como a vila de San Pedro ao pé do vulcão, fui ao restaurante do centro de meditação Las Piramides e de lá não saí mais. O lugar é sim carregado de energia, pelas pessoas, pelo lugar, pela mentalidade, enfim pelo ambiente e tudo que isto te proporciona. Você pode fazer um curso de um mês, ou ter aulas diárias de algumas coisas. No curso de um mês, você aprende de tudo um pouco: yoga, reike, kabalah, metafísica, na verdade, o que você quiser eles tem lá. Pedi um macarrão vegetariano (60), pois esta era a razão de eu ter ido ao lugar, mas depois essa se tornou só a porta de entrada.

De barriga cheia e muitíssimo satisfeito, comecei a averiguar um curso, uma massagem terapêutica, qualquer coisa pra fazer por lá, porque não queria que a oportunidade passasse em branco. Acontece que as coisas são caras, os cursos, as massagens, na verdade nem são caras, mas quando você está fazendo viagens como essa, não se pode gastar em determinadas coisas que vai fazer falta alguma hora. Enfim, escolhi pra mim, uma hora de yoga e depois sauna medicinal (80).

Começava às duas da tarde, antes tomei um chá que ajuda relaxar, no pacote está dizendo que serve pra dor de cabeça, enxaqueca, essas coisas. Pra mim, tinha um gosto muito semelhante a hortelã, acho que até era, mas nunca ouvi que hortelã tem poderes curativos, às vezes só as hortelãs daqui tem. Fui pro Yoga, eu e mais duas meninas, apesar dos movimentos serem suaves, eu cansei bastante e achei ótimo, vou continuar a fazer no Brasil. Depois fomos pra sauna e isto foi incrível, apesar do cheiro forte, faz você suar que é uma maravilha, mas é bem rapido porque em poucos minutos o vapor dissipa. Saí de lá feliz e purificado, e acredito que valeu cada centavo.

Fiquei ali de bobeira lendo um livro de uma biblioteca astral gigante que eles tem lá, aprendi umas coisas a respeito dos chacras e suas cores, poderes. Mas me descobriram, a biblioteca é só pro pessoal do curso, eu não podia ficar lendo os livros, que pena. Saí de lá e encontrei com um pessoal de Israel, ficamos um pouco juntos e fomos dar um mergulho no lago Atitlan, foi bom porque ainda não tinha nadado no lugar. Na hora que saí da água, senti um pouco de frio, não só eu, porque a água é bem gelada, então deitamos todos no pier e ficamos lá lagarteando.

O pessoal resolveu ir embora, eu não queria ainda, queria ficar naquele lugar mais um pouco. Uma das meninas de Israel falou que também ficaria, ela achava que ia dormir por lá, porque tinha gostado do lugar. Ficamos ali no pier, um pouco lendo nossos livros, um pouco conversando, até começar a escurecer, quando ela foi pra uma pousada e eu fui tomar o barco (15) de novo pra San Pedro.

No pier de onde saí o barco tinha um senhor pescando, puxei papo com ele e perguntei se poderia pescar com ele um pouco. Ele, muito gente boa, me deu um anzol, um pedaço de linha e um pedaço de laranja. Laranja? Nunca tinha visto ou ouvido falar de laranja como isca, mas funciona, agora sei que funciona. Fiquei com ele uns vinte minutos, esperando o barco, conversando e pescando. Enquanto ele pegou uns dez peixes, bem pequenos, eu pesquei só um, menor ainda. O barco chegou, me despedi do meu novo amigo, deixei meu peixe com ele e voltei pra San Pedro, até que foi uma boa conversa.

Quando cheguei em San Pedro, encontrei os meninos na pousada, eles me disseram pra me arrumar que haveria uma festa trance no ZooLa, em comemoração à Independência de Israel, isto no calendário deles. Botei um calça e estava pronto.

A festa até que estava boa, os israelitas são gênios da música eletrônica, e estavam tocando muitos sons dos melhores. Mas pelo mesmo motivo de ontem não aproveitei muito, ninguém falava inglês, todos falavam hebraico e eu não entendi nada. Se estivesse com um pessoal de diversas nacionalidades, ou melhor ainda, com meus amigos, teria sido muito melhor. No fim dancei bastante e mesmo não conversando muito, me diverti. Às vezes, as pessoas não precisam falar nada pra se entender, só dançar.

Quando era umas duas da manhã o som acabou, muitas pessoas foram pro seus quartos que ficam ali no lugar mesmo e eu segui pra pousada. Antes paguei minha conta (120), e tentei encontrar os meninos, mas não achei. Quando cheguei na pousada, eles não estavam lá e eu não tinha a chave, então fui pra um barzinho ali perto. Tava rolando uma música e a maior jogatina, que em quinze minutos foi interrompida pela polícia que mandou todo mundo embora. Tem uma lei na Guatemala que depois das duas tudo tem que fechar, ainda bem que não é no Brasil.

Voltei pra pousada e encontrei os meninos, eles abriram a porta e eu fui dormir. Tava cansado do longo dia, que pra mim foi bem proveitoso. Conheci um lugar que me fascinou, experimentei coisas que não tinha feito antes e que provavelmente continuarei fazendo no Brasil. E pra finalizar teve uma festinha que não foi a melhor, mas tambem não foi pior. Mas com certeza este foi um dia com saldo positivo.

Meu beijo de hoje vai pra este lugar e as pessoas que voluntariamente trabalham lá, porque todo o dinheiro é destinado a projetos sociais:

- Las Piramides, parabéns pelo lugar e pelo trabalho.
- Tina, hoje foi um dia de pensar, e pensei muito em você.