sábado, 3 de maio de 2008

03 de Maio - Quetzaltenango (Xela), Guatemala

Bom, o dia não melhorou, segue chovendo, mas os ares mudaram um pouco. Acredito que a sorte não estava comigo nos últimos dias, mas to sentindo que ela está voltando e vou explicar porquê. Como sempre desde o início.

Acordei para o café por volta das dez da manhã e me deliciei com um excelente omelete com cheddar. Fui tomar um banho que queria dar uma volta pela cidade, estava bem nublado, mas não chovendo, era minha chance de não ficar morgando mais um dia e fazer algo proveitoso. Saí do banho e estava me trocando quando chegou um novo viajante no quarto. Quem? A Marina. Pois é, entre tantos lugares e cidades pra escolher, ela foi parar no mesmo quarto que eu. Coincidência? Não, acho que não.

Ficamos bem umas duas horas conversando, eu contando dos lugares que tinha conhecido e ela me contando do Pacífico. Pelo jeito os lugares lá são mesmo lindos, vi umas fotos e fiquei louco, é muito bonito e diferente. Ainda mais porque junto com a paisagem tinha duas pessoas que me fazem muito bem, as holandesas. Perguntei como elas estavam e a Marina me contou que estavam bem e que logo estarão vindo pra Guatemala. A gente vai se encontar de novo, eu sinto. A Marina me contou também que o Heine já voltou pra Noruega, desejo tudo de bom pra ele também, mas imaginem sair do México de trinta e cinco graus e ir pra terra dos vikings, menos cinco. Pra mim não dá.

Falei que ia sair dar uma volta e perguntei se ela queria ir junto, ela disse que não podia, tinha que trabalhar. Bom, eu não tinha, então fui. Dei uma volta geral pela cidade, tudo a pé, eu acho melhor porque você pode parar e tirar fotos quando quiser. A cidade que se esconde na chuva tem suas belezas também. Pra quem gosta de arquitetura colonial, é um prato cheio. Eu gosto, principalmente das construções que ficam em volta da praça, que são construções importantes e imponentes, como museus, prefeituras e coisas deste tipo.

Depois do centro, fui até um canto onde tem um teatro que é bem bonito, se não me engano em São Paulo tem um bem parecido, mas aqui é Guatemala. Às vezes isso é estranho, em todas as cidades que visito, vou no centro e tiro fotografias das construções, das praças, mas nunca fiz isso em São Paulo, em Bragança e nem em Florianópolis, onde o centro histórico é muito bonito. Isto é um coisa feia, a gente não dá o valor merecido as nossas coisas. E quando as pessoas que não são brasileiras falam do nosso Brasil é possível ver um brilho no olho delas, pois se encantam com o nosso país. E é uma coisa rara ver este brilho nos olhos de nossa gente. Vai entender.

De lá fui até o terminal de ônibus Minerva, onde tem uma espécie de Partenón. Pra quem ainda não foi a Grécia, é um lugar de se admirar, eu gostei. Tomei um táxi (50) até um mirante em um dos cantos da cidade e foi aí que eu vi a beleza de um vulcão. Bem longe, mas é possível ver com clareza, a olho-nú, porque com a câmera não é possível tirar fotos, ela não alcança, uma pena.

Voltei pro centro e fui comer no McDonalds (60), tinha que provar o lanche daqui, mas não teve jeito, o lanche do México segue sendo O lanche. Voltei pro albergue e fiquei conversando um pouco com a Marina, até que os meninos de Israel me convidaram pra uma partida de futebol contra um time de guatemaltecos, aceitei é claro. Também me convidaram pra ir com eles comer um fondue, eu fui mas não pra comer, só pra tomar umas cervejinhas (50).

Três meninas, todas de Israel, eu, um holandes e dois meninos de Israel. Interessante, eles falam hebreu, e é impossível de entender uma palavra, mas também falam inglês, mas entre eles é tudo em hebreu, fiquei meio perdido. Aprendi várias coisas com eles, eles são judeus, um povo que a gente sempre ouve falar, mas que eu mesmo nunca tive contato, to aprendendo um monte.

Voltamos pro albergue e fiquei vendo o final de um filme com um pessoal. A Marina desceu lá também, ficamos numa conversa boa até umas duas da manhã, quando resolvi ir pra cama. Tava planejando de subir em um vulcão amanhã, mas decidi que vou fazer isto em Antigua, porque é mais barato, o tempo é melhor e tem lava e magma todo tempo. Vó, não se preocupe, a gente não sobe no vulcão, a gente sobe na montanha do lado, só pra ver o vulcão.

Meu beijo de hoje vai pra ele que ta correndo contra o tempo, mas já sei que também se tornou fã, ainda mais ligou pra minha mãe, pra elogiar minhas fotografias.

- Marcelo, porque ta fazendo de tudo pra estar em dia com as notícias e sei que, como eu, se interessa demais pelo que eu estou fazendo, obrigado.
- Mãe, nem eu estou mais acreditando nesta incrível viagem, obrigado.

4 comentários:

Unknown disse...

Filho querido...
Pode crê que você vai ter outras oportunidades de ver Planta e Raiz aqui na terrinha...já o pessoal que está vendo hoje Planta e Raiz no Busca...será que poderão fazer o que você está fazendo??!!
Com certeza o tempo vai melhorar e você vai curtir e muito por aí...
Beijos...

Unknown disse...

Mesmo com o tempo molhado, mesmo tendo tido um pequeno mal estar... conseguiu curtir alguns encantos de Xela...fez novas amizades... e que coisa boa ter encontrado a Marina...
É isso aí, continua nessa jornada que ainda dá tempo de ver e conhecer muitas coisas, muitas pessoas legais...
Beijinhos...
Deus te proteja...

Cintia disse...

Tobi, passei por aqui mas não consegui ler, tô vesga de sono, é quase 1 da madruga aqui. Só tô dando o ar da graça pra você saber pq ainda não comentei (tô atrasada nos posts mas amnhã recupero).
Beijo

PS: hoje comentei em outros posts

Cintia disse...

Voltei, agora acordada.
Já te disse que nunca havia ouvido falar nadinha da Guatemala, não tinha a menor idéia de como era. Está sendo muito legal "conhecer" um país assim interessante, uma boa suspresa. A arquitetura realmente é linda, tudo bem conservadinho, né?
Fiquei feliz de ver que você continua se surpreendendo com a viagem e que ainda tem espectativas em relação a ela. Tudo passa, né? :)
Tô achando incrível também esse lance de reencontrar os amigos de outras paragens, nossa! Acho que renova a energia pra continuar.
Reforçando o que sua avó falou, nunca é demais dizer: "tome cuidado com o vulcão!".
O frio aqui está persistente. Conte pra gente do clima aí, se a roupa está sendo suficiente e tal.
Beijo gigante!
Que Deus continue te protegendo!