13 de Abril - Tulum, México

Dia de fazer nada, ou dia perdido, assim posso chamar este dia. Como fui dormir muito tarde ontem, hoje acordei muito tarde também, por volta das cinco da tarde. Acordei antes também, tipo meio-dia, mas estava caindo o mundo, uma chuva torrencial e por isso não levantei e continuei dormindo. Vocês sabem que dormir com o barulho da chuva é uma das melhores coisas do mundo.

Quando levantei às cinco, ainda estava chovendo, por isso o albergue estava cheio, todo mundo sentado nas mesas tomando cerveja, conversando, jogando cartas. Eram umas cinquenta pessoas, todos fugindo da chuva, por isso ontem realmente conheci todos no albergue, fizemos um churrasco coletivo, com salada, maionese, pure de batata, você era responsável só pela sua bebida, cada um comprava a sua.

Não há muito como contar, porque são muitas pessoas, muitos países, mas vamos lá, a maioria é loira mas, muito loira, gente da Suécia, Inglaterra, Noruegua, Irlanda e Holanda, tem alguns americanos, não muitos, gente da Alemanha, Suíça, Itália, mas somente três da América do Sul, eu, um colombiano e uma chilena, tem canadenses também e ontem conheci dois portugueses e pela primeira vez pude conversar em português, não que seja fácil, é bem diferente.

Por volta de umas 10 da noite chegou no albergue um pessoal que eu tinha conhecido em Playa del Carmen, o John, a Tina e a Marina, a gente estava no mesmo albergue lá, isso vai acontecer um monte de vezes, eu lembro da outra viagem, a galera costuma fazer o mesmo percurso, ou mais ou menos o mesmo.

A chuva parou por volta da uma da manhã, a galera resolveu sair, quase todos, fomos pra um lugar onde só toca salsa, umas trinta pessoas, a príncipio o lugar tava vazio, mas isto mudou quando a gente chegou, foi só risadas, quem é latino tem um gingado, não é meu caso, porque sou péssimo, mas os europeus não sabem nada, nada mesmo, o colombiano dançava muito, então ficou ensinando as européias, sem sucesso. E duas espanholas também sabiam um pouco, mas nem se compara com os casais de mexicanos que estavam lá e que realmente sabem o que fazer.

Fomos embora por volta de umas três e meia do clube de salsa, mas passamos na frente de um karaokê. Todos pararam e resolveram entrar. Pediram músicas e começaram a tentar cantar em espanhol porque dá pra ver a letra, horrível, mas muito engraçado, só risadas, isso é muito legal, ficamos até umas seis da manhã lá, quando o dono falou que tinha que fechar porque tava tarde, mesma história, todo mundo de volta pro albergue, e a festa continua, mas ontem eu fui dormir logo que cheguei, mas Valladolid, acho que fica pra terça.

Meus beijos vão pra aqueles que acharam que eu tinha esquecido:

- Rubão, Coke, Cida e Lú, porque também são tios e amo da mesma forma que os outros.

- Tina, não sei porque.