18 de Abril - Mérida, México

Bom, hoje meu dia foi meio morto, queria ir à Uxmal, mas acordei meio tarde e não daria tempo de aproveitar as ruínas do jeito que se deve, então mudei meus planos e resolvi dar uma volta pelo lado norte da cidade, que eu ainda não conhecia.

Antes passei em um barzinho pra comer alguma coisa. Comi uns salgados e tomei uma coca (25) só pra não começar o passeio de barriga vazia. Andei muito até chegar ao Paseo de Montejo, a mais importante avenida de Mérida, cheia de casas coloniais e prédios antigos. Bonito, mas é o tipo de lugar que se enjoa facilmente, mas eu não tinha outra coisa pra fazer.

Nesta avenida fica o Museu de Arte Contemporânea de Mérida, não paga nada pra entrar, então fui dar uma olhada. Provavelmente minha mãe gostaria muito, porque é cheio de obras de artistas mexicanos, um monte de quadros, em todos os estilos, esculturas e várias xilogravuras, lembrei do Tadeu, que faz ótimas, inclusive me deu uma do malandro de presente e que até hoje não pus em um quadro pra colocar na parede do meu quarto. Quanta preguiça. Mãe, não tem fotos porque não pode tirar.

Depois fui na lan pra arrumar o blog e ver algumas coisas que precisava, estou procurando lugares pra ficar nas próximas cidades, tipo casas de pessoas. Achei uma casa de uma família indígena em San Cristobal de las Casas, mandei um e-mail pedindo pra ficar lá, agora é só esperar a resposta, mas to sentindo que vai dar certo, não sei porque. Atualizei o blog, coloquei um monte de fotos de Chichén Itzá e algumas de Mérida, mas foi só isso. Resolvi voltar pro albergue pra sentir o clima, paguei a lan (40) e fui embora.

No albergue estavam dando aulas de Salsa, fui lá tentar aprender, fiquei dançando com uma alemã e depois com uma canadense, mas da parte francesa. Até que aprendi algumas coisas mas na hora que começa as voltinhas fica muito difícil, mas pelo menos eu tentei, estou um pouco menos pior.

Ah, uma coisa boa, duas holandesas que eu encontrei em Playa estão aqui, amanhã à noite a gente vai pra Palenque juntos, e é uma longa viagem, dez horas de ônibus, ou seja, é ótimo ter arrumado companhia, sem contar que se bobear lá podemos dividir um quarto. Elas são bem relax, mas que mochileiro que não é? Então tá tudo de boa.

Conheci um coreano também, o Kan, e fomos jantar em uma pizzaria, porque já estava com fome. Pedi uma tal de Corleone (35), mas era horrível, comi só pra não perder o dinheiro, sabe como é né, dinheiro jogado fora não combina com estas viagens. Na volta compramos algumas cervejas (30) pra levar pro albergue e ficamos lá conversando. Eu, as holandesas, o coreano, um casal de Hong Konk, a canadense e um finlândes.

Uma senhora canadense de sessenta e um anos que está mochilando ficou um tempo com a gente também, ela tinha ótimas histórias pra contar, já viajou praticamente o mundo inteiro. Alguns países já foi mais de três vezes, e não sao países conhecidos. Espero que eu com a idade dela esteja fazendo o mesmo, assim espero.

Ficamos lá até à meia-noite, quando resolvi ir dormir, porque amanhã cedo tenho que ir à Uxmal, de qualquer jeito, me disseram que é muito bonito também. Algumas pessoas disseram que é bem pequeno mas que existem construções muito interessantes. Espero que eu goste!

Meu dia não foi muito interessante, mas espero que os próximos dois sejam demais. Já pude perceber que a viagem vai oscilar deste jeito. Dois dias de coisas novas e incríveis e dois dias de descanso pra interagir um pouco mais com as pessoas. Mas isto não é tão diferente de nossa vida, que oscila entre altos e baixos, apesar de eu acreditar que até agora não houve nada de baixo. É isso aí. Beijos a todos.

Hoje vou mandar um abraço pros dois amigos que tem comentado do blog comigo, ora pelos comentários, ora conversando no msn:

- Marquinhos e Flaveira, que estão acompanhando a viagem comigo e torcendo por mim. Valeu. Abração pros dois.

- Tina, porque acha graça até nos dias que não foram tão divertidos.